O que é a nalbufina?
A nalbufina é um analgésico opioide, classificado como um agonista-antagonista. Ela é utilizada principalmente para o manejo da dor moderada a intensa. Seu uso é comum em contextos hospitalares, especialmente durante procedimentos cirúrgicos ou no tratamento de dor aguda. A nalbufina atua nos receptores opioides do sistema nervoso central, mas tem uma característica única de não causar euforia, o que a diferencia de outros opioides.
Para que serve a nalbufina?
A nalbufina é indicada para o alívio da dor moderada a intensa, incluindo dor pós-operatória e dor relacionada a condições agudas. Ela também pode ser utilizada em situações de dor crônica em que outros analgésicos não são eficazes ou em pacientes que necessitam de monitoramento mais rigoroso devido ao risco de dependência. Além disso, a nalbufina pode ser administrada durante procedimentos médicos para ajudar na analgesia.
Mecanismo de Ação da nalbufina
A nalbufina atua como um agonista nos receptores opioides mu e como um antagonista nos receptores kappa. Isso significa que, enquanto ela se liga e ativa os receptores mu, proporcionando alívio da dor, também interfere na ativação dos receptores kappa, o que pode ajudar a reduzir alguns efeitos colaterais típicos dos opioides, como a euforia e a depressão respiratória. Esse perfil de ação permite que a nalbufina ofereça alívio da dor com um menor risco de dependência e efeitos adversos em comparação com outros opioides tradicionais.
Farmacocinética (Absorção, distribuição, metabolismo e eliminação)
A farmacocinética da nalbufina envolve como o medicamento é absorvido, distribuído, metabolizado e excretado pelo corpo:
- Absorção: A nalbufina é administrada por via intravenosa, intramuscular ou subcutânea, sendo rapidamente absorvida na corrente sanguínea. Quando administrada por via subcutânea, a absorção é um pouco mais lenta, mas ainda eficaz.
- Distribuição: Após a administração, a nalbufina se distribui amplamente nos tecidos do corpo. A ligação às proteínas plasmáticas é alta, em torno de 80-90%, o que pode influenciar sua eficácia e segurança.
- Metabolismo: O medicamento é metabolizado principalmente no fígado por meio do sistema enzimático do citocromo P450, resultando em metabolitos ativos e inativos.
- Excreção: A eliminação da nalbufina ocorre principalmente pela urina, com cerca de 80% da dose excretada como metabolitos e menos de 5% sendo eliminada inalterada. A meia-vida de eliminação varia de 2 a 5 horas, dependendo da via de administração e das características individuais do paciente.
Essas características farmacocinéticas contribuem para o perfil de segurança e eficácia da nalbufina no manejo da dor.
indicações terapêuticas da nalbufina
A nalbufina é indicada para:
- Alívio da Dor Aguda: É frequentemente utilizada no manejo da dor aguda pós-operatória, ajudando a controlar a dor após cirurgias e procedimentos médicos.
- Tratamento da Dor Crônica: Pode ser utilizada em pacientes com dor crônica, especialmente aqueles que não respondem bem a outros analgésicos ou que apresentam risco de dependência com opioides tradicionais.
- Analgésico em Procedimentos: A nalbufina é administrada como parte da analgesia durante procedimentos médicos, como em anestesia geral ou sedação.
- Pacientes com História de Abuso de Substâncias: É uma opção para pacientes que têm um histórico de dependência de opioides, pois seu perfil agonista-antagonista pode reduzir o potencial de abuso.
- Analgésico em Cuidados Paliativos: Pode ser usada em contextos de cuidados paliativos para melhorar a qualidade de vida em pacientes com doenças terminais, aliviando a dor sem os riscos associados aos opioides tradicionais.
Apresentações da nalbufina
A nalbufina está disponível nas seguintes apresentações:
- Injetável:
- Solução injetável para uso intravenoso ou intramuscular.
- Geralmente disponível em frascos ampola de 10 mg/mL e 20 mg/mL.
- Forma farmacêutica:
- Normalmente, é administrada por profissionais de saúde em ambientes hospitalares, mas pode ser encontrada em algumas formulações específicas para uso em casa, dependendo da regulamentação local.
As apresentações podem variar conforme o país e o fabricante, então é sempre importante verificar as opções disponíveis na farmácia ou hospital.
Nome comercial
A nalbufina é comercializada sob vários nomes comerciais, que podem variar de acordo com o país e o fabricante. Alguns dos nomes comerciais mais conhecidos incluem:
- Nubain: Um dos nomes mais comuns para a nalbufina, amplamente utilizado em vários países.
- Nalbuphine Hydrochloride: Nome genérico utilizado para a forma farmacêutica da nalbufina.
É importante notar que a disponibilidade de nomes comerciais pode variar, e os pacientes devem sempre consultar um profissional de saúde ou farmacêutico para obter informações específicas sobre a medicação que estão utilizando.
Efeitos colaterais comuns e adversos
A nalbufina, como qualquer medicamento, pode causar efeitos colaterais. Os efeitos adversos mais comuns incluem:
- Efeitos Comuns:
- Sedação ou sonolência
- Tontura
- Náusea e vômito
- Sudorese (transpiração excessiva)
- Xerostomia (boca seca)
- Constipação
- Efeitos Adversos Menos Comuns:
- Confusão ou alterações mentais
- Hipotensão (pressão arterial baixa)
- Bradicardia (diminuição da frequência cardíaca)
- Reações alérgicas, que podem incluir erupção cutânea, coceira ou dificuldade para respirar
- Risco de Dependência: Apesar de ser um agonista-antagonista, a nalbufina ainda pode ter potencial para dependência, especialmente com o uso prolongado ou em altas doses.
É essencial que os pacientes relatem qualquer efeito colateral ao seu médico, especialmente se forem graves ou persistentes. Além disso, a nalbufina deve ser utilizada sob supervisão médica, especialmente em pacientes com histórico de problemas respiratórios ou dependência de substâncias.
Contraindicações
A nalbufina é contraindicada em várias situações, incluindo:
- Hipersensibilidade: Pacientes com histórico de alergia ou hipersensibilidade à nalbufina ou a qualquer um dos componentes da fórmula não devem usar o medicamento.
- Asma Aguda ou Insuficiência Respiratória: A nalbufina pode causar depressão respiratória, por isso é contraindicada em pacientes com asma aguda ou condições que resultem em insuficiência respiratória.
- Uso de Outros Depressores do Sistema Nervoso Central (SNC): O uso concomitante com outros medicamentos que deprimem o SNC, como benzodiazepínicos ou álcool, deve ser evitado, pois aumenta o risco de depressão respiratória e sedação excessiva.
- Gravidez e Lactação: A nalbufina não é recomendada para uso durante a gravidez e lactação, a menos que os benefícios superem os riscos, devido ao potencial de causar efeitos adversos ao feto ou ao lactente.
- Distúrbios Hepáticos ou Renais Severos: Pacientes com disfunção hepática ou renal severa devem ter cautela ao usar nalbufina, pois isso pode afetar sua metabolização e excreção.
A utilização de nalbufina deve ser sempre supervisionada por um profissional de saúde, que pode avaliar os riscos e benefícios no contexto clínico do paciente.

Tabela de analgésicos
Lembre-se de que as informações nesta página são apenas de caráter informativo e não substituem o aconselhamento médico profissional. Sempre consulte um médico antes de tomar decisões relacionadas à sua saúde.