O que é a dexmedetomidina?
A dexmedetomidina é um agente sedativo e analgésico pertencente à classe dos agonistas alfa-2 adrenérgicos. É frequentemente utilizada em ambientes hospitalares, especialmente em unidades de terapia intensiva e durante procedimentos cirúrgicos, devido à sua capacidade de proporcionar sedação sem causar depressão respiratória significativa. Ao atuar nos receptores alfa-2 adrenérgicos no sistema nervoso central, a dexmedetomidina induz um estado de sedação que é mais semelhante ao sono natural em comparação com outros sedativos.
Para que serve a dexmedetomidina?
A dexmedetomidina é utilizada principalmente para sedação em pacientes que estão em ventilação mecânica em unidades de terapia intensiva, bem como para sedação durante procedimentos cirúrgicos e diagnósticos. Ela também pode ser empregada em ambientes ambulatoriais, especialmente para reduzir a ansiedade e proporcionar conforto em pacientes submetidos a procedimentos que não requerem anestesia geral. Além disso, a dexmedetomidina é utilizada em algumas situações para o manejo da dor, devido às suas propriedades analgésicas.
Mecanismo de ação da dexmedetomidina
A dexmedetomidina atua como um agonista seletivo dos receptores alfa-2 adrenérgicos, principalmente no sistema nervoso central. Ao se ligar a esses receptores, ela inibe a liberação de noradrenalina, resultando em efeitos sedativos, analgésicos e ansiolíticos. Esse mecanismo leva à diminuição da atividade neuronal e à promoção de um estado de calma e relaxamento. Ao contrário de outros sedativos, a dexmedetomidina não causa depressão respiratória significativa, permitindo que os pacientes mantenham uma função respiratória adequada durante a sedação. Além disso, a sedação induzida por dexmedetomidina é frequentemente descrita como mais leve e semelhante ao sono natural.
Farmacocinética (Absorção, distribuição, metabolismo e eliminação)
A farmacocinética da dexmedetomidina envolve absorção, distribuição, metabolização e excreção. Após a administração intravenosa, a dexmedetomidina tem um início de ação rápido, geralmente dentro de 5 a 15 minutos. Ela se distribui rapidamente nos tecidos, com um volume de distribuição aparente de cerca de 118 litros. A ligação a proteínas plasmáticas é alta, aproximadamente 94%.
A metabolização ocorre principalmente no fígado por meio de enzimas do citocromo P450, resultando em metabolitos que são excretados na urina. A meia-vida de eliminação da dexmedetomidina é de aproximadamente 2 a 3 horas, mas essa duração pode variar dependendo da dose e da condição clínica do paciente. É importante notar que em pacientes com função hepática comprometida, a eliminação da dexmedetomidina pode ser reduzida, exigindo ajustes de dose.
indicações terapêuticas da dexmedetomidina
A dexmedetomidina é indicada para:
- Sedação em UTI: Utilizada para sedar pacientes em ventilação mecânica, permitindo a colaboração e conforto sem causar depressão respiratória significativa.
- Sedação durante procedimentos cirúrgicos: Pode ser usada para sedação leve a moderada em procedimentos diagnósticos ou cirúrgicos que não requerem anestesia geral.
- Sedação em ambiente ambulatorial: Indicado para procedimentos que geram ansiedade, proporcionando um efeito calmante.
- Controle da dor: Embora não seja um analgésico primário, a dexmedetomidina pode ser utilizada em conjunto com outros analgésicos para melhorar o controle da dor em determinadas situações.
- Sedação em pediatria: Às vezes utilizada para sedação em crianças durante procedimentos menores, com ajustes de dose apropriados.
Apresentações da dexmedetomidina
A dexmedetomidina está disponível nas seguintes apresentações:
- Solução injetável: Geralmente disponível em frascos de 1 mL ou 10 mL, com concentrações que podem variar (por exemplo, 100 mcg/mL).
- Infusão intravenosa: A dexmedetomidina é frequentemente administrada por meio de infusão contínua em uma bomba de infusão, permitindo um controle preciso da dosagem.
As apresentações podem variar dependendo do país e do fabricante, por isso é sempre importante verificar com o profissional de saúde ou a bula do produto para informações específicas sobre a apresentação disponível.
Nome comercial
A dexmedetomidina é comercializada sob diferentes nomes, dependendo do fabricante e da região. Alguns dos nomes comerciais mais comuns incluem:
- Precedex
- Dexmedetomidina (geralmente como o nome genérico em algumas apresentações)
É importante consultar um profissional de saúde ou farmacêutico para obter informações sobre as opções disponíveis na sua localidade.
Efeitos colaterais comuns e adversos
Os efeitos colaterais da dexmedetomidina podem variar em gravidade, e alguns dos mais comuns incluem:
- Efeitos Comuns:
- Sedação excessiva
- Hipotensão (queda da pressão arterial)
- Bradicardia (frequência cardíaca reduzida)
- Boca seca
- Náuseas e vômitos
- Efeitos Adversos:
- Reações alérgicas, embora raras
- Agitação, especialmente ao se aproximar do término da sedação
- Interações medicamentosas que podem aumentar os efeitos sedativos
- Efeitos cardiovasculares, como arritmias
É importante monitorar os pacientes durante a administração e ajustar as doses conforme necessário para minimizar esses efeitos colaterais. Em caso de reações adversas graves, a administração deve ser interrompida imediatamente e o paciente deve receber o cuidado apropriado.
Contraindicações
As contraindicações da dexmedetomidina incluem:
- Hipersensibilidade: Pacientes com histórico de alergia ou reações adversas à dexmedetomidina ou a qualquer um dos excipientes da formulação.
- Pacientes com doenças cardiovasculares graves: Como insuficiência cardíaca severa, bradicardia significativa ou bloqueios cardíacos (por exemplo, bloqueio de ramo ou bloqueio AV de segundo ou terceiro grau).
- Uso concomitante com certos anestésicos: Em alguns casos, o uso de dexmedetomidina pode ser contraindicado se estiver sendo administrada juntamente com outros agentes que podem causar depressão respiratória ou efeitos cardiovasculares adversos.
- Pacientes com pressão arterial instável: A dexmedetomidina pode causar hipotensão e, portanto, deve ser evitada em pacientes cuja pressão arterial não esteja estável.
É fundamental que a administração da dexmedetomidina seja feita sob supervisão médica, especialmente em populações de pacientes mais vulneráveis.

Tabela de analgésicos
Lembre-se de que as informações nesta página são apenas de caráter informativo e não substituem o aconselhamento médico profissional. Sempre consulte um médico antes de tomar decisões relacionadas à sua saúde.