EFEDRINA

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De Sector Salud

A efedrina é um agente farmacológico que pertence à classe dos simpatomiméticos. É um alcaloide natural encontrado nas plantas do gênero Ephedra. A efedrina atua como um estimulante do sistema nervoso central e tem propriedades broncodilatadoras, sendo utilizada em diversas condições médicas. Além de seu uso terapêutico, a efedrina também é conhecida por sua capacidade de aumentar a pressão arterial e a frequência cardíaca.

efedrina é utilizada para uma variedade de indicações terapêuticas, incluindo:

  • Tratamento de Asma e Doenças Pulmonares Obstrutivas: A efedrina atua como broncodilatador, ajudando a relaxar os músculos das vias respiratórias, facilitando a respiração em pacientes com asma ou outras condições pulmonares.
  • Aumento da Pressão Arterial: É frequentemente utilizada em situações de hipotensão (pressão arterial baixa), como em casos de choque, especialmente durante anestesia geral, para estabilizar a pressão arterial.
  • Tratamento de Congestão Nasal: A efedrina pode ser encontrada em algumas formulações de descongestionantes nasais, ajudando a aliviar a congestão.
  • Efeitos Estimulantes: Devido ao seu efeito sobre o sistema nervoso central, a efedrina pode ser utilizada para melhorar a performance física e mental em algumas situações, embora isso seja menos comum.

Mecanismo de Ação da efedrina

A efedrina atua principalmente como um agonista dos receptores adrenérgicos, o que significa que estimula esses receptores no sistema nervoso. Seu mecanismo de ação pode ser descrito da seguinte forma:

  • Agonismo dos Receptores Adrenérgicos: A efedrina estimula os receptores alfa e beta-adrenérgicos. Essa ativação resulta em diversas respostas fisiológicas:
    • Receptores Beta-2: Sua ativação causa relaxamento da musculatura lisa das vias aéreas, resultando em broncodilatação. Isso a torna útil no tratamento de condições como asma e outras doenças respiratórias obstrutivas.
    • Receptores Beta-1: A estimulação desses receptores aumenta a frequência cardíaca e a contratilidade do coração, o que pode elevar a pressão arterial e melhorar a perfusão sanguínea.
    • Receptores Alfa-1: A ativação destes receptores provoca vasoconstrição, contribuindo para o aumento da pressão arterial.
  • Liberação de Noradrenalina: Além de agir diretamente sobre os receptores adrenérgicos, a efedrina também promove a liberação de noradrenalina (norepinefrina) das terminações nervosas, amplificando ainda mais seus efeitos estimulantes sobre o sistema nervoso.

Esses mecanismos fazem da efedrina uma substância versátil em diversos contextos clínicos.

Farmacocinética (Absorção, distribuição, metabolismo e eliminação)

A farmacocinética da efedrina envolve a absorção, distribuição, metabolismo e excreção do medicamento. Aqui estão os principais aspectos:

  • Absorção: Bem absorvida por via oral, com pico plasmático em 1 a 2 horas; administração intravenosa tem início mais rápido.
  • Distribuição: Amplamente distribuída pelo corpo, atravessando a barreira hematoencefálica.
  • Metabolismo: Metabolizada no fígado em metabolitos inativos.
  • Excreção: Principalmente excretada pela urina, com meia-vida de 3 a 6 horas, podendo ser prolongada em insuficiência renal.

Esses aspectos farmacocinéticos são importantes para entender como a efedrina age no organismo e como sua dosagem deve ser ajustada em diferentes situações clínicas.

Indicações terapêuticas da efedrina

A efedrina é utilizada em diversas condições médicas, incluindo:

  • Asma e Doenças Pulmonares Obstrutivas: Para aliviar a broncoconstrição e facilitar a respiração.
  • Hipotensão: Para aumentar a pressão arterial em casos de choque, especialmente durante anestesia geral.
  • Congestão Nasal: Em formulações de descongestionantes nasais.
  • Estímulo da Performance Física: Às vezes utilizada em contextos de desempenho esportivo, embora isso não seja comum e possa ser proibido em algumas competições.

Apresentações da efedrina

Está disponível em várias formas farmacêuticas, incluindo:

  • Comprimidos: Usualmente em dosagens de 25 mg e 50 mg.
  • Solução injetável: Geralmente disponível em frascos de 1 mL a 10 mL com concentrações que variam entre 1 mg/mL e 50 mg/mL.
  • Solução oral: Em forma de gotas ou xarope, normalmente com 1% a 5% de efedrina.
  • Spray nasal: Em formulações destinadas ao alívio da congestão nasal, com concentrações específicas.

Nome comercial da efedrina

A efedrina é comercializada sob vários nomes, dependendo do país e do fabricante. Alguns dos nomes comerciais mais comuns incluem:

  • Ephedrine: Nome genérico frequentemente utilizado.
  • Efedrina: Nome em português.
  • Primatene: Usado para tratamento de asma e doenças respiratórias.
  • Bronkaid: Usado como broncodilatador e descongestionante.
  • Efedrin®: Nome comercial em alguns mercados.

Esses nomes podem variar, e é importante verificar a bula do produto específico para detalhes sobre a formulação e indicações.

Efeitos colaterais comuns e adversos

Os efeitos colaterais da efedrina podem variar em intensidade, e incluem:

Efeitos Colaterais Comuns:

  • Aumento da frequência cardíaca (taquicardia)
  • Hipertensão (aumento da pressão arterial)
  • Ansiedade e nervosismo
  • Tremores musculares
  • Dores de cabeça

Efeitos Adversos Menos Comuns, Mas Graves:

  • Arritmias cardíacas (batimentos cardíacos irregulares)
  • Insuficiência cardíaca
  • Reações alérgicas graves (anafilaxia)
  • Efeitos psicotrópicos, como insônia e agitação

É importante monitorar os pacientes durante o tratamento com efedrina e relatar qualquer efeito adverso ao médico.

Contraindicações

A efedrina não deve ser utilizada em determinadas situações, incluindo:

  • Hipertensão Arterial Grave: Devido ao potencial aumento da pressão arterial.
  • Doenças Cardíacas: Pacientes com arritmias ou doença cardíaca significativa devem evitar o uso.
  • Hiperatividade da Glândula Tireóidea: Pacientes com hipertireoidismo podem ter reações adversas aumentadas.
  • Diabetes Mellitus: Pode causar alterações no controle glicêmico.
  • Uso de Inibidores da Monoamina Oxidase (IMAO): O uso concomitante pode aumentar o risco de hipertensão.
  • Alergia Conhecida à Efedrina: Contraindicação em caso de hipersensibilidade ao medicamento.

É fundamental que a utilização da efedrina seja supervisionada por um profissional de saúde, que avaliará a adequação do tratamento em relação às condições do paciente.


Tabela de Anestésicos

FentanilCetamina
AtropinaMidazolam
LidocainaNaloxona
EpinefrinaNeostigmina
AdrenalinaPrilocaina
BupivacainaPrilocaina com Felipressina
CisatracurioPropofol
Besilato de CisatracurioRemifentanilo
Besilato de BepotastinaRocuronio
AtracurioBrometo de Rocuronio
DesfluranoRopivacaina
DiazepamCloridrato de Ropivacaina
EfedrinaSevoflurano
EtomidatoSuxametonio
FlumazenilTiopental Sodico
FlunitrazepamTiopental
IsofluranoVecuronio
Ketamina